Sistema Fiemt, Sinvest e Governo do Estado visitam grupo Santista, grande industrializador do algodão de Mato Grosso
Ampliar a industrialização do algodão mato-grossense e prospectar a instalação de indústria do setor têxtil em Mato Grosso foram as pautas da missão do Sistema Federação das Indústrias de Mato Grosso, Governo do Estado e Sindicato das Indústrias do Vestuário, Têxteis, Fiação e Tecelagem (Sinvest MT), na sexta-feira (13), durante visita ao Grupo Santista, no interior paulista.
Com quase um século de história, a Santista é um dos principais players na indústria têxtil brasileira. A empresa utiliza 95% do algodão produzido em Mato Grosso em sua linha de produção para a fabricação de jeans e uniformes de alta durabilidade e resistência.
“Mato Grosso produz 70% do algodão de todo país. Aprendemos muito sobre a industrialização durante essa visita e pudemos compreender como construir um ambiente propício para a geração de negócios em Mato Grosso”, destacou o vice-presidente da Fiemt e empresário do setor, Sérgio Antunes.
A comitiva de Mato Grosso visitou as plantas instaladas nas cidades de Americana e Tatuí, que juntas somam 2 milhões de m² de área e possuem cerca de 3 mil funcionários. Atualmente, o grupo atua com capital 100% nacional, industrializa apenas algodão brasileiro, é líder no mercado de uniformes na América Latina e detém 35% dos negócios de jeans no país.
“Viemos pessoalmente fazer o convite para que a indústria Santista se instale em Mato Grosso, afinal eles trabalham já trabalham com quase a totalidade da matéria-prima produzia no estado. Temos grandes investimentos em infraestrutura e os melhores incentivos fiscais do país”, destacou o secretário adjunto de Agronegócios e Investimentos da Sedec, Anderson Lombardi.
Ainda durante a visita, o Lombardi destacou que o Governo de Mato Grosso recebeu autorização da Receita Federal para dar início às operações na Zona de Processamento de Exportação (ZPE), em Cáceres, o que representa mais uma oportunidade para a indústria.
Unidades
A fábrica em Americana, conhecida como a “fábrica seca”, é responsável pela primeira etapa de industrialização, onde são realizados os processos fiação de fiação e tecelagem. Já em Tatuí, são realizadas as operações de tinturaria e acabamento.
“Além de nossa relação histórica com Mato Grosso, tem a questão de qualidade, já que o algodão do estado é de excelente qualidade. A Santista está sempre avaliando oportunidades e essa uma conversa que avançará nos próximos dias”, afirmou Inácio Silva, gerente de Mercado da área voltada para a produção de tecidos especiais para roupas profissionais (workwear).
Atuando há vários anos na produção de uniformes na região Oeste do estado, a empresária e presidente do Sinvest MT, Maria Cristina Margonato, utiliza os tecidos Santista em sua indústria. De acordo com ela, o material é de alta qualidade, concedendo um diferencial aos seus produtos.
“Os uniformes que produzimos são mais que roupas, são EPIs (equipamento de proteção individual) e proporcionam mais segurança aos profissionais de frigoríficos, por exemplo, já que são impermeáveis. Foi muito importante conhecer o processo e tratamento que o algodão de Mato Grosso recebe aqui até se tornar o rolo de tecido que recebo em minha indústria, concluiu a presidente do Sinvest MT.
Assista:
Texto e fotos: Eduardo Cardoso